O que é?
Álcool é, na química, o nome genérico de substâncias que tem grupos hidroxila (-OH) ligado a um átomo de carbono, mas para nós brasileiros é um velho companheiro e representa para os economistas a não dependência do mercado externo de combustíveis, a base de petróleo. Para os cientistas e ambientalistas é o chamado combustível verde.O Álcool que produzimos é o Etanol, vindo principalmente da cana de açúcar, mas outros alcoóis, gerados a partir de outras matérias primas, também são alternativas interessantes.
Álcool é, na química, o nome genérico de substâncias que tem grupos hidroxila (-OH) ligado a um átomo de carbono, mas para nós brasileiros é um velho companheiro e representa para os economistas a não dependência do mercado externo de combustíveis, a base de petróleo. Para os cientistas e ambientalistas é o chamado combustível verde.O Álcool que produzimos é o Etanol, vindo principalmente da cana de açúcar, mas outros alcoóis, gerados a partir de outras matérias primas, também são alternativas interessantes.
Como é feito o etanol?
São basicamente oito passos:
1. Moagem
A cana é moída para gerar o melado.
2. Liquefação
O melado e misturado a água e aquecido.
3. Sacarose
É adicionada uma enzima para converter a goma em açúcares fermentáveis.
4. Fermentação
É adicionada levedura para fermentar os açúcares, gerando etanol e dióxido de carbono. O produto passa por vários fermentadores até estar completamente fermentada.
5. Destilação
A mistura agora contém em torno de 10% de álcool, resíduos não fermentáveis e levedura. Num sistema de multicolunas o álcool vai sendo separado dos resíduos sólidos e da água. No final do processo temos o álcool com 96% de pureza. Os resíduos podem ser aproveitados para gerar energia (Biomassa).
6. Desidratação
O restante de água é retirado para criar o chamado álcool anidro, que é o álcool misturado à nossa gasolina.
7. Desnaturalização
O etanol pode ser misturado com algum tipo de impureza como gasolina (2-5%), para que não possa ser servir de consumo humano.
8. Co-Produção
O dióxido de carbono gerado em grandes quantidades durante o processo vai para a produção de bebidas como refrigerantes, por exemplo. As sobras sólidas têm grande valor como alimento de animais e como gerador de energia em biodigestores.
São basicamente oito passos:
1. Moagem
A cana é moída para gerar o melado.
2. Liquefação
O melado e misturado a água e aquecido.
3. Sacarose
É adicionada uma enzima para converter a goma em açúcares fermentáveis.
4. Fermentação
É adicionada levedura para fermentar os açúcares, gerando etanol e dióxido de carbono. O produto passa por vários fermentadores até estar completamente fermentada.
5. Destilação
A mistura agora contém em torno de 10% de álcool, resíduos não fermentáveis e levedura. Num sistema de multicolunas o álcool vai sendo separado dos resíduos sólidos e da água. No final do processo temos o álcool com 96% de pureza. Os resíduos podem ser aproveitados para gerar energia (Biomassa).
6. Desidratação
O restante de água é retirado para criar o chamado álcool anidro, que é o álcool misturado à nossa gasolina.
7. Desnaturalização
O etanol pode ser misturado com algum tipo de impureza como gasolina (2-5%), para que não possa ser servir de consumo humano.
8. Co-Produção
O dióxido de carbono gerado em grandes quantidades durante o processo vai para a produção de bebidas como refrigerantes, por exemplo. As sobras sólidas têm grande valor como alimento de animais e como gerador de energia em biodigestores.
Benefícios
Em geral, os benefícios do uso do etanol são os seguintes:
Redução da dependência internacional
Diminuição da poluição do ar
Você está usando um combustível renovável!
Para Brasil podemos ainda adicionar:
Geração de empregos
Desenvolvimento do Nordeste, onde estão grande parte da nossa produção de cana
Retenção do homem no campo
Co-produção de eletricidade a baixo custo
Utilização de uma infraestrutura já existente
Disponibilidade de dois combustíveis distintos
Mercado estratégico frente ao mercado futuro do petróleo
Domínio da tecnologia
Exportação de álcool, bem como de tecnologia
Posição favorável frente a futuros acordos de não agressão ao meio ambiente
Menos emissão de poluentes como o chumbo
Combustível limpo e renovável
Com a experiência acumulada da produção e uso de álcool em todo o país desde a década de 20 (álcool anidro para mistura à gasolina), em 1975, dois anos após o choque do petróleo, o Brasil apostou no álcool combustível como alternativa para diminuir sua vulnerabilidade energética e economizar dólares. Criou um programa de diversificação para a indústria açucareira, com grandes investimentos, públicos e privados, apoiados pelo Banco Mundial, o que possibilitou a ampliação da área plantada com cana-de-açúcar e a implantação de destilarias de álcool, autônomas ou anexas às usinas de açúcar existentes. A utilização em larga escala do álcool deu-se em duas etapas: inicialmente, como aditivo à gasolina (álcool anidro), num percentual de 20%, passando depois a 22%. A partir de 1980, o álcool passou a ser usado para mover veículos cujos motores o utilizavam como combustível puro (álcool hidratado), mas que, ainda adaptações dos modelos a gasolina, não tinham desempenho adequado.Com o intenso desenvolvimento da engenharia nacional, após o segundo choque do petróleo, surgiram, com sucesso, motores especialmente desenvolvidos para o álcool hidratado.Em 1984, os carros a álcool respondiam por 94,4% da produção das montadoras. Desde 1986, no entanto, afastada a crise do petróleo, e centrando-se as políticas econômicas internas na contenção de tarifas públicas, para limitar a inflação, o governo contribuiu decisivamente para o início de uma curva descendente de produção de carros a álcool: o desestímulo à produção levou a relação muito justa entre oferta e demanda do produto no final dos anos 90; mesmo com a existência de álcool nas usinas, o governo – por omissão ou falha operacional – não foi capaz de resolver problemas logísticos e provocou uma crise localizada de abastecimento em 89. oincidência ou não, a indústria automobilística começou a inverter a curva da produção de carros a álcool, para alívio da estatal brasileira de petróleo, que reclamava de excedentes na produção de gasolina. A participação anual caiu de 63% da produção total de veículos fabricados em 88 para 47% em 89, 10% em 90, 0,44% em 96, 0,06% em 97, 0,09% em 98, 0,92% em 99, 0,69% em 2000 e 1,02% em 2001. A queda da demanda de álcool hidratado foi compensada pelo maior uso do álcool anidro, que acompanha o crescimento da frota brasileira de veículos leves. Em mais de 25 anos de história de utilização do álcool em larga escala, o Brasil desenvolveu tecnologia de motores e logística de transporte e distribuição do produto único no mundo. Hoje, há determinação legal no sentido de que toda gasolina brasileira contenha de 20 % a 24% de álcool anidro, com variação de + ou – 1. A definição pontual cabe ao CIMA – Conselho Interministerial de Açúcar e Álcool, e é feita de modo a equilibrar a relação entre oferta e consumo. O Brasil desenvolveu infra-estrutura ímpar de distribuição do combustível e detém uma rede de mais de 25 mil postos, com bombas de álcool hidratado, para abastecer cerca de três milhões de veículos, 20% da frota nacional.
Impacto ambiental positivo
A produção atual de álcool no mundo é da ordem de 35 bilhões de litros, dos quais 60% destinam-se ao uso combustível. O Brasil e os Estados Unidos são os principais produtores e consumidores. O mercado possui enorme potencial de expansão, graças a fatores como o combate mundial ao efeito estufa e à poluição local, que levou à substituição de aditivos tóxicos na gasolina; a valorização da segurança energética, buscando-se autonomia pela diversificação das fontes de energia utilizadas; o incremento da atividade agrícola, que permite a criação de empregos e a descentralização econômica. Os Estados Unidos já possuem uma frota de mais de um milhão e meio de veículos flexíveis (rodam com diversas misturas de álcool e gasolina) e deverão aumentar muito a utilização do álcool misturado à gasolina em razão do banimento do MTBE – metil-tércio-butil-éter na Califórnia e em outros estados, em virtude da contaminação dos lençóis freáticos causada por esse derivado do petróleo. Austrália, Tailândia, México, Suécia, União Européia, Canadá, Colômbia, Índia, China e Japão já ensaiam programas de álcool, estimulados por preocupações ambientais e agrícolas.Os eventos de 11 de setembro em Nova York tornam ainda mais evidentes os problemas de uma ordem econômica mundial excessivamente baseada num só energético, o petróleo, cujas fontes produtoras estão em regiões politicamente instáveis – é clara a tendência de crescimento dos custos político e militar para garantir o suprimento do produto. Além disso, a comunidade científica afirma que o petróleo já inaugurou seu período de "depleção", caracterizado por demanda muito superior às reservas existentes.Isso abre caminho para que a energia limpa e renovável de fontes como a biomassa da cana-de-açúcar e outros vegetais se transforme em um dos principais energéticos do século 21.O diferencial ambiental. Razões econômicas (economia de divisas) e sociais (geração de empregos) inspiraram a utilização do álcool como combustível no Brasil, mas sua sustentabilidade também se baseia na contribuição para a melhoria do meio ambiente: combustível limpo, o álcool tornou-se grande aliado na luta contra a degradação ambiental, principalmente nos grandes centros urbanos.O Brasil já colhe os frutos ambientais do seu uso em larga escala. Estudo publicado pela Confederação Nacional da Indústria, em 1990, que comparou cenários de utilização de combustíveis na Região Metropolitana de São Paulo, concluiu que o melhor cenário para a redução de emissões seria o uso exclusivo do álcool em toda a frota; o pior, o uso de gasolina pura. Na faixa intermediária, situaram-se os cenários de frota operando exclusivamente com gasolina contendo 22% de etanol e, em posição ambientalmente mais favorável, o mix da frota circulante em 1989, composto por 51% de veículos com 22% de etanol na gasolina e 49% de veículos a álcool puro.O maior diferencial ambiental do álcool está na origem renovável. É extraído da biomassa da cana-de-açúcar, com reconhecido potencial para seqüestrar carbono da atmosfera, o que lhe confere grande importância no combate global ao efeito estufa.
Em geral, os benefícios do uso do etanol são os seguintes:
Redução da dependência internacional
Diminuição da poluição do ar
Você está usando um combustível renovável!
Para Brasil podemos ainda adicionar:
Geração de empregos
Desenvolvimento do Nordeste, onde estão grande parte da nossa produção de cana
Retenção do homem no campo
Co-produção de eletricidade a baixo custo
Utilização de uma infraestrutura já existente
Disponibilidade de dois combustíveis distintos
Mercado estratégico frente ao mercado futuro do petróleo
Domínio da tecnologia
Exportação de álcool, bem como de tecnologia
Posição favorável frente a futuros acordos de não agressão ao meio ambiente
Menos emissão de poluentes como o chumbo
Combustível limpo e renovável
Com a experiência acumulada da produção e uso de álcool em todo o país desde a década de 20 (álcool anidro para mistura à gasolina), em 1975, dois anos após o choque do petróleo, o Brasil apostou no álcool combustível como alternativa para diminuir sua vulnerabilidade energética e economizar dólares. Criou um programa de diversificação para a indústria açucareira, com grandes investimentos, públicos e privados, apoiados pelo Banco Mundial, o que possibilitou a ampliação da área plantada com cana-de-açúcar e a implantação de destilarias de álcool, autônomas ou anexas às usinas de açúcar existentes. A utilização em larga escala do álcool deu-se em duas etapas: inicialmente, como aditivo à gasolina (álcool anidro), num percentual de 20%, passando depois a 22%. A partir de 1980, o álcool passou a ser usado para mover veículos cujos motores o utilizavam como combustível puro (álcool hidratado), mas que, ainda adaptações dos modelos a gasolina, não tinham desempenho adequado.Com o intenso desenvolvimento da engenharia nacional, após o segundo choque do petróleo, surgiram, com sucesso, motores especialmente desenvolvidos para o álcool hidratado.Em 1984, os carros a álcool respondiam por 94,4% da produção das montadoras. Desde 1986, no entanto, afastada a crise do petróleo, e centrando-se as políticas econômicas internas na contenção de tarifas públicas, para limitar a inflação, o governo contribuiu decisivamente para o início de uma curva descendente de produção de carros a álcool: o desestímulo à produção levou a relação muito justa entre oferta e demanda do produto no final dos anos 90; mesmo com a existência de álcool nas usinas, o governo – por omissão ou falha operacional – não foi capaz de resolver problemas logísticos e provocou uma crise localizada de abastecimento em 89. oincidência ou não, a indústria automobilística começou a inverter a curva da produção de carros a álcool, para alívio da estatal brasileira de petróleo, que reclamava de excedentes na produção de gasolina. A participação anual caiu de 63% da produção total de veículos fabricados em 88 para 47% em 89, 10% em 90, 0,44% em 96, 0,06% em 97, 0,09% em 98, 0,92% em 99, 0,69% em 2000 e 1,02% em 2001. A queda da demanda de álcool hidratado foi compensada pelo maior uso do álcool anidro, que acompanha o crescimento da frota brasileira de veículos leves. Em mais de 25 anos de história de utilização do álcool em larga escala, o Brasil desenvolveu tecnologia de motores e logística de transporte e distribuição do produto único no mundo. Hoje, há determinação legal no sentido de que toda gasolina brasileira contenha de 20 % a 24% de álcool anidro, com variação de + ou – 1. A definição pontual cabe ao CIMA – Conselho Interministerial de Açúcar e Álcool, e é feita de modo a equilibrar a relação entre oferta e consumo. O Brasil desenvolveu infra-estrutura ímpar de distribuição do combustível e detém uma rede de mais de 25 mil postos, com bombas de álcool hidratado, para abastecer cerca de três milhões de veículos, 20% da frota nacional.
Impacto ambiental positivo
A produção atual de álcool no mundo é da ordem de 35 bilhões de litros, dos quais 60% destinam-se ao uso combustível. O Brasil e os Estados Unidos são os principais produtores e consumidores. O mercado possui enorme potencial de expansão, graças a fatores como o combate mundial ao efeito estufa e à poluição local, que levou à substituição de aditivos tóxicos na gasolina; a valorização da segurança energética, buscando-se autonomia pela diversificação das fontes de energia utilizadas; o incremento da atividade agrícola, que permite a criação de empregos e a descentralização econômica. Os Estados Unidos já possuem uma frota de mais de um milhão e meio de veículos flexíveis (rodam com diversas misturas de álcool e gasolina) e deverão aumentar muito a utilização do álcool misturado à gasolina em razão do banimento do MTBE – metil-tércio-butil-éter na Califórnia e em outros estados, em virtude da contaminação dos lençóis freáticos causada por esse derivado do petróleo. Austrália, Tailândia, México, Suécia, União Européia, Canadá, Colômbia, Índia, China e Japão já ensaiam programas de álcool, estimulados por preocupações ambientais e agrícolas.Os eventos de 11 de setembro em Nova York tornam ainda mais evidentes os problemas de uma ordem econômica mundial excessivamente baseada num só energético, o petróleo, cujas fontes produtoras estão em regiões politicamente instáveis – é clara a tendência de crescimento dos custos político e militar para garantir o suprimento do produto. Além disso, a comunidade científica afirma que o petróleo já inaugurou seu período de "depleção", caracterizado por demanda muito superior às reservas existentes.Isso abre caminho para que a energia limpa e renovável de fontes como a biomassa da cana-de-açúcar e outros vegetais se transforme em um dos principais energéticos do século 21.O diferencial ambiental. Razões econômicas (economia de divisas) e sociais (geração de empregos) inspiraram a utilização do álcool como combustível no Brasil, mas sua sustentabilidade também se baseia na contribuição para a melhoria do meio ambiente: combustível limpo, o álcool tornou-se grande aliado na luta contra a degradação ambiental, principalmente nos grandes centros urbanos.O Brasil já colhe os frutos ambientais do seu uso em larga escala. Estudo publicado pela Confederação Nacional da Indústria, em 1990, que comparou cenários de utilização de combustíveis na Região Metropolitana de São Paulo, concluiu que o melhor cenário para a redução de emissões seria o uso exclusivo do álcool em toda a frota; o pior, o uso de gasolina pura. Na faixa intermediária, situaram-se os cenários de frota operando exclusivamente com gasolina contendo 22% de etanol e, em posição ambientalmente mais favorável, o mix da frota circulante em 1989, composto por 51% de veículos com 22% de etanol na gasolina e 49% de veículos a álcool puro.O maior diferencial ambiental do álcool está na origem renovável. É extraído da biomassa da cana-de-açúcar, com reconhecido potencial para seqüestrar carbono da atmosfera, o que lhe confere grande importância no combate global ao efeito estufa.
Fontes:www.unica.com.br www.comciencia.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário